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Última reunião com associados realizada no dia 2/12

publicado em 16/12/2014


Reunião com Associados

Indústria da construção bate recorde de entrega de unidades este ano em Curitiba 

Esta foi uma das informações repassadas pela diretoria do Sinduscon-PR, durante a última reunião do ano de 2014 com os associados, realizada no dia 2 de dezembro. Na oportunidade, o presidente da entidade, José Eugenio Gizzi, apresentou o balanço do setor e explanou sobre as perspetivas para 2015.

Segundo o levantamento efetuado pela assessoria econômica do Sinduscon-PR, este ano houve um volume recorde de alvarás concluídos, tanto em área ? quase 3 milhões de metros quadrados construídos, apresentando crescimento de 17% em relação ao ano passado -, quanto em unidades ? quase 23 mil, 5% superior ao registrado em 2013.

?Esse volume alto de entregas é reflexo dos lançamentos ocorridos entre 2010 e 2012, quando o mercado estava bastante aquecido, atendendo ainda a uma demanda reprimida. Agora estamos em uma fase de crescimento moderado, em fase de acomodação, seguindo um ritmo de crescimento mais sustentável, condizente com a realidade e atual demanda da cidade?, explica.

 Os números de alvarás liberados para construção este ano retratam bem este cenário. Em área, por exemplo, foram liberados 3 milhões de metros quadrados, volume 7% inferior ao registrado ano passado, e em termos de unidades foram 21 mil, 16% menos do que em 2013. Os lançamentos imobiliários também desaceleraram, devendo fechar o ano com 6 mil unidades verticais, número 7% inferior ao do ano anterior.

A área média das unidades liberadas e concluídas para a construção apresentaram crescimento, ficando na casa dos 143m2 e 127 m2, respectivamente, o que indica o lançamento e entrega de unidades maiores, visto que os empreendimentos econômicos não encontram mais espaço em Curitiba e têm caminhado para a região metropolitana.

Em termos de preço, as unidades comerciais mantiveram basicamente os mesmos valores, próximos a R$ 8.800,00 o metro quadrado da área privativa, enquanto que o residencial vertical sofreu elevação de 7%, (R$ 6.720,00) e o residencial horizontal de 1% (R$ 3.860,00). 

O VNSO (Velocidade de Novos Sobre a Oferta) tem mantido o mesmo patamar dos anos anteriores, ficando na casa dos 10%, o que significa que a cada 100 unidades, 10 são vendidas no mês.

Cenário e perspectivas

A economia brasileira não tem dado sinais consistentes de recuperação e, após entrar em recessão técnica no semestre passado, deve fechar este ano com expansão de apenas 0,2%, segundo pesquisa Focus do Banco Central. Para 2015, os economistas veem crescimento de 1%, ainda bem abaixo dos 2,5% vistos em 2013.

Segundo estimativa da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o PIB da construção deve encerrar o ano com crescimento de 0,5%.

Em termos de geração de emprego, o setor manteve o número de trabalhadores formais, com carteira assinada, em todo o Brasil (3,1 milhões de pessoas), apresentando leve aumento nas contratações no Estado do Parana (3%, somando 162 mil trabalhadores) e em Curitiba (1%, 73 mil empregados).

Um dado que merece destaque, de acordo com o presidente do Sinduscon-PR, é a elevação da renda média dos trabalhadores da indústria da construção, que passou de R$ 661,00 em 2004, para R$ 1865,80 este ano.

Crédito imobiliário

2014 foi um ano de novos recordes também na área de crédito habitacional. Os recursos provenientes da caderneta de poupança (SBPE) e FGTS tiveram aumento de 13% em relação a 2013, devendo fechar o ano com o montante de R$ 170 bilhões.

O crédito imobiliário superou novamente os demais financiamentos existentes no mercado, a exemplo de crédito pessoal e para veículos, e apresenta um índice de inadimplência baixo, próximo a 1,8%.

?Isso mostra que o tomador do crédito imobiliário está na verdade fazendo uma transferência de valores. Antes ele pagava alguel, e agora está quitando o financiamento habitacional, que nada mais é do que um investimento?, avalia Gizzi.

O saldo da caderneta de poupança está próximo a meio trilhão de reais, crescendo sempre dois dígitos, desde 2004. Este ano o aumento do volume foi de 17%, subindo de R$ 467 bilhões para R$ 490 bilhões, sinalizando que não há mais a preocupação com a possível diminuição deste funding.

Clique aqui e tenha acesso a apresentação do balanço de 2014

 

 


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