Sobe para 13,3% a taxa de desemprego no País, aponta PNAD Contínua

publicado em 11/08/2020

O Brasil perdeu 8,876 milhões de ocupações no segundo trimestre de 2020 em relação aos três primeiros meses do ano. A taxa de desocupação foi de 13,3% no trimestre móvel referente aos meses de abril a junho de 2020, o que corresponde a um crescimento de 1,1 ponto percentual em relação ao trimestre de janeiro a março de 2020 (12,2%) e 1,3 ponto percentual frente ao mesmo trimestre móvel do ano anterior (12,0%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Essa é a maior taxa de desemprego para este período, desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012”, destaca a economia do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.

 

Construção civil perde mais de 1 milhão de ocupações informais

A construção civil perdeu 1,06 milhão de ocupações no 2º trimestre de 2020 em relação aos três primeiros meses do ano. “Vale lembrar que esse número está muito relacionado as ocupações informais”, aponta a economista, em função da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus e que tomou conta do País.

O novo Caged, divulgado pela Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, e que apura os resultados do mercado de trabalho formal, mostra que no 2º trimestre de 2020 a construção civil eliminou 74.972 vagas. Assim, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor passou de 2,210 milhões em março para 2,135 milhões em junho. “Os números evidenciam a importância do setor formal e o esforço da construção em manter os postos de trabalho com carteira assinada”, afirma Vasconcelos.

Nesse contexto, segundo ela, é importante destacar os dados dos requerimentos para o seguro desemprego. Informações da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, divulgadas pelo Ministério da Economia, em julho, indicam que o número de requerimentos dos trabalhadores da construção civil foi de 60.063, representando uma queda de 9,36% em relação ao mês de junho (66.264).

Em análise divulgada no Informativo Econômico do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos reforça que o mercado de trabalho é um dos grandes desafios impostos ao processo de recuperação da economia e que setores como o da construção civil, com grande capacidade de gerar emprego e renda na economia, ganham cada vez mais importância.

Veja íntegra da análise sobre a PNAD Contínua.

Fonte: CBIC

Compartilhe


Publicidade

Receba por e-mail

Cadastre-se e receba nossas newsletters.