publicado em 05/04/2021
Desde o início da pandemia do novo coronavirus, o Sinduscon-PR tem atuado firme para contribuir com as empresas nesta fase tão crítica que estamos enfrentando. Apesar de a construção civil estar elencada como uma das atividades essenciais, no último mês de março também foi obrigada a paralisar as obras por 15 dias ininterruptos.
Se já estávamos num cenário difícil, com menos trabalhadores (por conta do afastamento dos grupos de risco), queda de produtividade, alta abusiva dos preços dos insumos e desabastecimento, a interrupção das atividades agravou ainda mais a saúde financeira das empresas, que só recebem à medida que produzem.
As dificuldades citadas acima apontam para um fluxo de caixa negativo na maior parte das empresas, o que desperta uma preocupação comum a todas: como arcar com os pagamentos que estão por vencer? Apesar de terem ficado paradas, sem receber, todas terão de honrar com a folha de pagamento de seus funcionários, com os salários e todos os encargos.
Vale reforçar que a indústria da construção teve papel fundamental na manutenção de empregos e na geração de novos postos de trabalho formal. Foram quase 134 mil novas vagas criadas em todo o Brasil nos últimos 12 meses, e mais de 1.800 em Curitiba, todas com carteira assinada.
Entendemos que o lockdown foi uma medida extrema adotada pelo poder público para evitar o colapso na área da saúde. Mas agora a iniciativa privada precisa de amparo dos governos de todas as esferas para que a crise sanitária não piore a turbulência econômica, causando o aumento expressivo da mortalidade de empresas, desemprego e o empobrecimento de milhares de famílias.
Para evitar a insolvência e um problema social ainda maior, solicitamos que as administrações municipais avaliem a prorrogação do pagamento do ISS e do IPTU, para que possam ser pagos de forma parcelada, de 6 (seis) a 12 (doze) vezes. Na esfera federal, que possam dilatar os prazos também para pagamento de PIS, COFINS, CSLL, Imposto de Renda e INSS.
A flexibilização poderia ser uma das medidas adotadas pelos governantes, dentre outras, para dar fôlego às empresas a fim de que consigam cumprir suas obrigações perante o poder público, seguir em frente suas atividades e manter os empregos de milhares de trabalhadores.