publicado em 11/06/2024
A preocupação do setor da construção com a geração de gases do efeito estufa também foi colocado em debate no Encontro da Construção SindusconPR/CBIC, em que foi apresentado o Case da Tecnored, empresa que propõe soluções para mitigar esses impactos e contribuir para a sustentabilidade. O evento teve o patrocínio da Caixa Econômica Federal, Governo Federal - União e Reconstrução, e o apoio da Mútua Paraná.
Ronald Lopes, COO da Tecnored, trouxe um panorama abrangente com dados que demonstram a importância de se incluir o tema na agenda da construção. Ao se observar a situação atual, nota-se que mesmo com a tecnologia sendo mais eficiente, as emissões de gases de efeito estufa têm aumentando consideravelmente.
Para se ter ideia, são produzidas entre 1,9 a 2 milhões de toneladas de aço no mundo, em sua maioria na China. Toda essa siderurgia tem na sua matriz energética necessária para produção desse aço, fontes fósseis que emitem gases de efeito estufa. “Hoje nosso setor siderúrgico é responsável por aproximadamente 9 % de todo esse gás”, alerta Lopes. E ainda, para cada tonelada de aço produzido são gerados 426 quilos de resíduos.
Como a Tecnored pode auxiliar na sustentabilidade do setor
O processo Tecnored é uma tecnologia inovadora, com 103 patentes registradas em 27 países. A tecnologia da companhia é inovadora no mercado e permite produzir o chamado gusa verde, a partir da substituição de carvão metalúrgico por biomassa, reduzindo assim as emissões de carbono em até 100%, sendo um passo importante na contribuição com a descarbonização da siderurgia.O gusa é usado na produção do aço.
Assim como um carro reduz as emissões pela queima do álcool produzido a partir da cana-de-açúcar, a Tecnored reduz as emissões de CO? utilizando o bio-carvão vegetal, produzido a partir de safras de cana-de-açúcar.
Ronald Lopes contou ainda o case da primeira planta comercial da Tecnored, que contribuirá com descarbonização da siderurgia, em Marabá, no Pará. A unidade terá capacidade inicial de produzir 250 mil toneladas por ano de gusa verde, podendo chegar, no futuro, a 500 mil toneladas.
“Uma única tecnologia não será capaz de reduzir todos os gases de efeito estufa. Nós precisamos de alternativas viáveis economicamente, mais assertivas, que juntas vão reduzindo os gases e com isso nos tornamos uma siderurgia mais sustentável”, pondera Lopes.
