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Setor de construção tem alta após 20 trimestres de queda

publicado em 16/12/2019

Finalmente o PIB da construção irá fechar o ano com um número positivo: uma pequena elevação de 0,6%. A boa notícia foi repassada pelo presidente do Sinduscon-PR, Sergio Crema, durante a última reunião de associados da entidade, realizada no dia 12 de dezembro.  

A redução da taxa básica de juros, a recuperação gradual do mercado de trabalho, a inflação sob controle, a elevação do crédito e o encaminhamento da reforma da previdência são alguns fatores que ajudaram a melhorar o ambiente macroeconômico e, portanto, contribuíram para esta expansão. "Para 2020, a expectativa é o setor crescer 3,1%, sendo determinante para alavancar a economia brasileira", destaca. 

Ele salienta que, no período da crise, 1 milhão de empregos foram perdidos. "A recuperação já está acontecendo, nos últimos 12 meses a indústria da construção gerou 125 mil vagas em todo o Brasil, sendo 10,7 mil no Paraná e 3,6 mil em Curitiba. Mas este número ainda é muito baixo, o País precisa gerar mais empregos", reforça.  

Crédito habitacional

De acordo com o vice-presidente de Banco de Dados do Sinduscon-PR, Marcos Kahtalian, o volume de financiamento imobiliário cresceu 12% este ano (R$ 131 bilhões), em ralação ao ano passado, e nunca esteve tão barato contratar crédito habitacional no País. "Taxa Selic a 4,5% e taxa real de juros na casa de 1% trazem um impacto enorme  ao mercado imobiliário. Primeiro porque reduz o custo da taxa de financiamento bancário, o que amplia o acesso ao crédito para um número ainda maior de famílias. Segundo porque o investidor volta para o mercado imobiliário, pois não está valendo a pena deixar dinheiro em aplicações financeiras, rendendo quase nada", afirma, acrescentando: agora é a hora para comprar imóvel, é um excelente investimento e seguro. 

Outro dado importante é a retomada do índice de confiança do empresário, que em novembro de 2019 registrou 62 pontos, bem acima da média histórica (53). "Com cenário macroeconômico melhor, os empresários voltam a ter confiança e a investir. Desengavetam projetos e voltam a gerar empregos", frisa. 

Por outro lado, a confiança do consumidor, apesar de estar acima da média histórica ainda está baixa, na casa dos 47 pontos. "Para melhorar, é preciso intensificar a geração de empregos, para os consumidores poderem se sentir mais seguros para investir, especialmente em imóveis", explica. 

Produção imobiliária em Curitiba

Um número que sinaliza um horizonte melhor para 2020 é o de alvarás liberados para a construção em Curitiba: houve uma elevação de 20% este ano em relação ao ano passado: são mais de 2,1 milhões em área de construção de forma geral, obras que devem acontecer nos próximos dois anos. Em termos de unidades, o crescimento é de 15% - 13,7 mil em 2018 e 15,1 mil em 2019.  

Os lançamentos verticais ainda foram tímidos este ano, devendo fechar 2019 com pouco mais de 2800 unidades. Além de não ter acontecido ainda uma reposição suficiente, 2020 vai começar com o menor nível histórico de estoque de imóveis novos: 5800 unidades. "É baixo, mas é um estique saudável para Curitiba", considera.

Construção irá gerar mais de 3200 vagas de emprego em Curitiba e RM

Uma pesquisa encomendada pelo Sinduscon-PR, realizada pela Brain Inteligência Corporativa aponta que em 2020 a indústria da construção irá gerar mais de 3200 novas vagas de emprego em Curitiba e Região Metropolitana. O estudo também foi divulgado na última reunião de associados do Sinduscon-PR. 

Ao todo, foram entrevistadas 200 empresas, de todos os portes, sendo 80% prestadores de serviços, além de incorporadores e empresas que atuam com obras públicas. A notícia positiva é que 96% pretendem ou aumentar ou manter o número de funcionários no ano que vem.

Outro dado importante deste levantamento é que 62% das empresas pretendem aumentar o nível de atividade, e que 56% têm intenção ou já têm lançamentos programados para o próximo ano.

Analise

A construção deixou de cair e começa a trilhar o caminho do crescimento. Agora é essencial dar sustentabilidade a essa recuperação em todas as suas esferas de atuação, ou seja, além do mercado imobiliário, é necessário um impulso na infraestrutura, por meio de PPPs e Concessões, já que os governos, em todos os níveis, estão sem recursos para investir em obras básicas e necessárias para o desenvolvimento do Pais.

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