publicado em 10/03/2020
O tema saneamento vai nortear a próxima reunião da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O encontro será realizado dia 19 de março, na sede da CBIC, das 14h às 16h30, com transmissão ao vivo pelo Youtube da entidade para os interessados. Na pauta, o novo marco legal do saneamento, as prioridades definidas pelo governo federal e a atuação da Caixa Econômica e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no setor.
Para o presidente da Coinfra, Carlos Eduardo Lima Jorge, o momento é oportuno para debater o assunto. "Com 103,2 milhões de brasileiros sem acesso a esgotamento sanitário e 40,8 milhões sem abastecimento de água, o saneamento deixa de ser um tema prioritário apenas na área de infraestrutura social, invadindo áreas como saúde, educação e meio ambiente. Não podemos perder esse momento para avançar no saneamento, quando se discute um novo marco legal, quando o BNDES e a Caixa passam a atuar mais fortemente, quando a secretaria nacional de saneamento busca estabelecer prioridades de forma planejada", destaca.
Os convidados para a reunião são:
- Pedro Maranhão - secretário nacional de Saneamento;
- Leonardo Pereira - superintendente de Saneamento, Transporte e Logística do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
- Geninho Zuliani (DEM-SP), relator do novo marco do saneamento;
- Vladimir Brito - gerente nacional de Saneamento e Infraestrutura da Caixa;
- Percy Soares Neto - diretor executivo da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon).
Lima Jorge avalia também a importância da aprovação do novo marco legal do saneamento, onde o investimento privado que hoje gira em torno de R$ 2 bilhões/ano, poderia saltar para R$ 12 bilhões/ano. "O modelo estatal vigente já se exauriu, não dará conta sozinho da expansão desses serviços. Em média, as companhias estatais investem apenas 16,6% da sua receita operacional, sendo que 51,2% são gastos para pagamento de despesa com pessoal. Assim não avançaremos nunca", explica.
Fonte: CBIC