publicado em 24/09/2009
Prévia da inflação oficial sobe 0,19% em setembro, mas fica abaixo da taxa de agosto
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo ? 15, uma prévia da inflação oficial do país, teve alta de 0,19% em setembro. A taxa ficou abaixo da registrada em agosto, quando foi apurada alta de 0,23%. No mesmo período de 2008, o IPCA-15 havia sido 0,26%.
De acordo com os dados divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com esse resultado o IPCA-E (taxa acumulada no trimestre, compreendendo os meses de julho, agosto e setembro) teve alta de 0,64%, menos intensa do que a verificada no mesmo período de 2008 (1,24%).
No ano, o índice acumula elevação de 3,15%, também menos forte do que a observada no período de janeiro a setembro do ano passado: 4,96%. Nos 12 meses encerrados em setembro, o IPCA-15 acumulou alta de 4,27%.
De acordo com o levantamento, o resultado foi influenciado pela redução nos preços dos eletrodomésticos (de 0,32% para ?1,01%) e dos artigos de tv, som e informática (de 0,64% para ?0,74%), que contribuíram para a redução da taxa do grupo artigos de residência (de 0,53% para ?0,22%).
Também houve decréscimo no índice relativo aos grupos educação (de 0,90% para 0,06%), habitação (de 0,85% para 0,44%), saúde e cuidados pessoais (de 0,34% para 0,26%) e despesas pessoais (de 0,45% para 0,30%).
Por outro lado, houve elevação em alimentação e bebidas (de ?0,28% para 0,13%), puxada pelas altas nos preços do tomate (de ?10,29% para 29,14%), das frutas (de 2,55% para 4,76%), do açúcar refinado (de ?0,07% para 4,22), da cebola (de 2,76% para 8,64%) e do açúcar cristal (de ?0,39% para 4,68%).
O documento destaca, ainda, que a alta no grupo ocorreu apesar da queda de 9,22% nos preços do leite pasteurizado. Também houve aumento nas taxas de vestuário (de ?0,25% para 0,31%) e comunicação (de -0,08% para 0,05%). Já o grupo transportes ficou praticamente estável (de 0,16% para 0,15%) na passagem de um mês para o outro.
Entre as Regiões, a maior taxa foi observada em Salvador (0,66%), onde os alimentos registraram a alta mais intensa (0,86%). Por outro lado, a região metropolitana de Porto Alegre, com deflação de 0,09%, teve o menor índice, com a contribuição de combustíveis (-1,22%).
Para calcular o IPCA-15 o IBGE coletou dados entre os dias 14 de agosto e 14 de setembro e os comparou aos vigentes de 15 de julho a 13 de agosto. O cálculo tem como base os gastos de famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos, nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
Fonte: Agência Brasil