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Presidente da CBIC Avalia Crescimento da Indústria da Construção e Desafios com Aumento das Taxas de Juros

publicado em 04/10/2024

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Imagem: Reprodução/CNN Brasil 

Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), concedeu, no dia 26 de setembro, uma entrevista à CNN Brasil, em São Paulo, na qual analisou o cenário econômico atual do Brasil e seus impactos sobre a indústria da construção civil.

Segundo Correia, as mudanças no cenário econômico e monetário do país, além da reestruturação das políticas habitacionais do Governo Federal, exigiram que o setor revisasse suas projeções de crescimento. "Mudanças estruturais levaram à revisão do crescimento da indústria da construção para cima. Iniciamos o ano com uma previsão de crescimento de 2,4%, e agora estamos ajustando para 3% até o final de 2024. Isso é reflexo das alterações no programa Minha Casa Minha Vida, em julho de 2023, bem como da implementação do Marco das Garantias de Crédito, do Marco do Saneamento e, principalmente, da queda da taxa de juros de 13,75% para 10,50% ao ano", afirmou em entrevista ao canal.

Correia também comentou sobre o impacto  das mudanças nos programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida, destacando a ampliação do teto para R$ 350 mil e a abrangência nacional do programa. "Além disso, as taxas de juros diferenciadas contribuíram para essa revisão, com juros de 4% ao ano nas regiões Norte e Nordeste, 4,25% no Centro-Oeste e 4,5% nas regiões Sul e Sudeste. Na área de infraestrutura, a PEC da Transição possibilitou a alocação de recursos públicos, o que aumentou a confiança da iniciativa privada para investir em concessões, tanto em rodovias quanto em saneamento, impulsionando a infraestrutura do país", acrescentou.

Por outro lado, Renato alertou para os possíveis impactos negativos em relação ao aumento nas taxas de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. "O setor estava acelerando, mas o aumento da taxa de juros em 0,25 ponto percentual é como tirar o pé do acelerador. Se as taxas continuarem a subir, será como pisar no freio da indústria da construção. Precisamos encontrar caminhos para que essa taxa de juros caia para menos de um dígito", enfatizou o presidente da CBIC.

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