publicado em 04/11/2011
Prefeito apresenta Operação Urbana Consorciada Linha Verde aos associados do Sinduscon-PR
O prefeito Luciano Ducci apresentou no dia 31 de outubro a Operação Urbana Consorciada Linha Verde aos associados do Sinduscon-PR. O projeto de mudança do perfil urbano no trecho da antiga BR 116, com garantia de obras públicas e investimentos privados, foi aprovado pelos empresários da construção civil.
?Com a venda dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) temos a projeção inicial de R$ 1,5 bilhão em recursos captados que se transformarão em investimentos diretos na região. Uma estimativa de captação de investimentos que poderá chegar a R$ 3 bilhões?, destacou Ducci.
O presidente do Sinduscon-PR, Normando Baú, frisou que o novo eixo de desenvolvimento na Linha Verde, proposto pelo município, irá aquecer o mercado imobiliário, gerar renda e empregos e terá o engajamento da iniciativa privada ao longo de sua realização.
?A Operação Urbana Linha Verde é um bom incentivo ao mercado. Com certeza Curitiba está dando mais um passo rumo à modernidade. Com a possibilidade de ampliar as construções em altura teremos maior volume de habitações o que irá gerar muito emprego, renda e também maior arrecadação ao município?, disse Normando Baú.
O presidente do Sinduscon-PR ressaltou que o projeto tem um horizonte de longo prazo e representará o desenvolvimento da cidade e o aquecimento do setor. ?Sem dúvidas vamos ter novas alternativas de desenvolvimento do mercado e do trabalho na Construção Civil. A execução deste projeto representará um incremento da atividade de obras públicas a partir da parceria público-privada?, afirmou.
Conquistas ? Na reunião, o prefeito Luciano Ducci enumerou as conquistas de Curitiba alcançadas no mês de outubro. ?Levamos à discussão a Operação Consorciada Linha Verde, fruto de estudo e muito trabalho para a promoção do desenvolvimento deste eixo estruturante que passa por parte de 22 bairros de norte a sul da cidade. Unimos Curitiba com a urbanização da antiga BR 116 há anos lembrada como a rodovia que dividia a cidade em duas partes?, disse, acrescentando que a integração metropolitana continua com a duplicação da rodovia para além dos limites de Curitiba pela OHL e a implantação da canaleta exclusiva pelo governo do Estado que ligará Curitiba a Fazenda Rio Grande com os biarticulados.
Certificados de Potencial Adicional de Construção
Os investimentos na área da Operação Urbana são auferidos mediante alienação em leilão público na Bolsa de Valores) dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs).
Os Cepacs são títulos da Operação Urbana Linha Verde lastreados no potencial de 4,47 milhões de metros quadrados de área adicional de construção no eixo urbano que liga Curitiba de Norte a Sul. O potencial construtivo alcança uma faixa de 22 bairros onde vivem 82 mil habitantes.
Toda operação urbana será gerenciada pela Câmara de Valores Mobiliários (CVM), os recursos ficarão em conta específica do Banco do Brasil e a aplicação deles será gerenciada pela Caixa Econômica Federal.
A partir da vigência da lei da Operação Urbana Consorciada, que tramita na Câmara, o município poderá negociar na Bovespa os títulos que darão ao investidor o direito de ampliar a área construída e altura de imóveis comerciais e residenciais na região da Linha Verde, dentro do estabelecido na operação urbana.
O valor mínimo de cada Cepac será de R$ 200,00. No total, a Operação Urbana Linha Verde prevê a emissão em etapas de 4,83 milhões Cepacs.
As avaliações da Operação Urbana Linha Verde foram feitas pela Fundação Instituto de Pesquisas e Estudos Econômicos (FIPE), ligada à Universidade de São Paulo (USP). Os títulos de Cepacs podem ser comprados por pessoa física ou jurídica.
Mudança de perfil ? A operação, que consta no Estatuto das Cidades e no Plano Diretor de Curitiba, prevê intervenções urbanas e obras públicas de infraestrutura que vão garantir a sustentabilidade urbana com valorização social e ambiental do eixo e a atração de investidores.
Entre essas obras de destaque estarão nove trincheiras verdes e 18 praças (duas por trincheira, uma em cada lado) para o acesso e a transposição segura da avenida Linha Verde por pedestres e ciclistas. As trincheiras verdes serão implantadas entre estações de transporte e integradas a elas ? Serão passagens livres, sem cruzamentos, distantes um quilômetro entre si, que valorizarão os empreendimentos pela facilidade de transposição e a existência de áreas verdes.
Na apresentação ao Sinduscon-PR, a secretária de Urbanismo, Suely Hass, destacou o potencial adicional de construção que estará disponível a partir da compra dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs).
?A área de abrangência da Linha Verde foi dividida em três setores Norte, Central e Sul para investimentos em um potencial adicional de construção equivalente a 4,475 milhões de metros quadrados em áreas para residências, comércio e serviços?, explicou.
A chamada Área Adicional de Construção (ACA) em terrenos possíveis de renovação prevista na Operação Urbana Consorciada Linha Verde está dividida da seguinte forma: Ao norte são 1,28 milhão de metros quadrados, dos quais 75% (960 mil metros quadrados) para empreendimentos residenciais e 25% (320 mil metros quadrados) para não residenciais (comércio e serviços).
Na área central são 1,27 milhão de metros quadrados dos quais 60% (765 mil metros quadrados) para residências e 40% (510 mil metros quadrados) para edificações não residenciais.
Ao sul são 1,92 milhão de metros quadrados de área adicional de construção, sendo 80% (1.535 mil metros quadrados) para habitações e 20% (385 mil metros quadrados) para empreendimentos comerciais.
Os três setores somam 4.475.000 metros quadrados de área adicional de construção disponíveis, sendo 73% (3,26 mil metros quadrados) para habitações e 27% (1,21 mil metros quadrados) para o comércio e serviços.