publicado em 14/04/2023
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) tem ressaltado cada vez mais a relevância da participação das mulheres na indústria da construção. A afirmação foi feita pela presidente da Comissão de Responsabilidade Social (CRS/CBIC), Ana Cláudia Gomes, durante painel realizado no 96º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), nesta quarta-feira (12), em São Paulo.
“A indústria da construção tem o compromisso de abrir espaço para as mulheres. É importante compreender que o incentivo vai além da inserção, é preciso criar uma cultura que, além de receber essa mulher, permita fixá-la no mercado. Essa é uma missão da CRS: contribuir para essa mudança”, enfatizou.
Com o objetivo de avançar nesta agenda a Comissão tem realizado o mapeamento de boas práticas no setor, identificando empresas e entidades que já fazem ações de inclusão da mulher para direcionar ainda mais as ações da CBIC.
Durante o painel aconteceu o lançamento da cartilha “Construindo Juntos – Por um Ambiente Mais Diverso e Inclusivo na Indústria da Construção”, produzida em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e que visa tornar o setor mais inclusivo.
A jornalista e empreendedora Neivia Justa, fundadora da #JustaCausa, foi a mediadora da discussão e destacou a importância do tema. “A gente precisa construir um novo papel para as mulheres dentro da indústria da construção. É fundamental o debate com a presença de representantes de todas as posições do setor, desde a mão de obra até a liderança”, disse.
Ainda que a presença das mulheres na construção civil esteja em ascensão, o preconceito de gênero continua sendo um dos maiores obstáculos, apontou a CEO da empresa Concreto Rosa, Geisa Garibaldi.
A Concreto Rosa é uma organização formada por mulheres e conta com uma equipe composta por arquitetas, pedreiras, eletricistas, pintoras que influenciam soluções, comportamentos e tendências nesse mercado que ainda é majoritariamente masculino, apontou Geisa.
Sobre o avanço das mulheres na carreira de engenharia, a gerente executiva da Caixa Econômica Federal, Simone Monice, apontou que o cenário já mudou bastante e a evolução tem sido muito positiva. “Hoje é possível ver mulheres contribuindo em várias etapas da obra, apesar dos baixos números”, apontou.
A respeito do desafio da participação das mulheres no setor, a presidente do Siconci São Paulo, Maristela Honda, destacou que um dos maiores desafios, que não abarca apenas o setor da construção, é a competitividade, “Se colocar no mercado, em geral, tem sido mais difícil. Mas, dentro da construção, a tecnologia tem aberto portas e tem favorecido a inserção de novas mulheres”, apontou.
Este painel tem interface com o projeto “Responsabilidade Social na Indústria da Construção”, da Comissão de Responsabilidade Social – CRS/CBIC em correalização com o Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional).
O 96º Enic é realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), conta com a parceria da FEICON; o apoio do Sesi e do Senai; e tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal, Sebrae, Mútua, Zigurat, Totvs, Mais Controle, CV, Sienge, Orçafascio, Kone, PhD Engenharia, Alto QI, Acate, Brain e Ingevity.
FONTE: CBIC.