publicado em 09/04/2020
Empresários e dirigentes da indústria da construção receberam com otimismo as novas medidas de estímulo ao setor, anunciadas nesta quinta-feira (9) pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Para a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), essas ações permitirão a continuidade do financiamento imobiliário no país e a consequente manutenção da produção de mais de 530 mil unidades habitacionais, responsáveis pela geração de 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos mitigando os impactos econômicos e sociais decorrentes da pandemia pelo novo coronavírus.
"Em uma época como esta de crise, que só tem comparativo com uma grande guerra, somente medidas fortes, na linha de manter empregos e estimular a aquisição para manutenção futura do trabalho, poderão tirar o país dessa situação", afirma o presidente da CBIC, José Carlos Martins, completando que, "no pós-guerra, a reconstrução e inevitável".
Banco público líder no segmento do financiamento imobiliário, a Caixa anunciou um conjunto de iniciativas tanto para o comprador quanto para construtoras e incorporadoras. "A Caixa demonstra sensibilidade e compromisso com os problemas do país. Ao tomar essas medidas, reduz substancialmente o risco sistêmico do mercado imobiliário e permite a muitas famílias continuarem, ou quem sabe até conseguirem o tão almejado sonho da casa própria", avalia Martins.
Segundo ele, existem mais de 5 milhões de contratos de financiamento a serem preservados; 500 mil unidades em execução e mais de 500 mil empregos diretos: são milhões de famílias dependentes de emprego e renda no setor. "A Caixa está oferecendo às empresas o fôlego que tem sido negado pelos bancos privados. Com isso, será possível manter os empregos. Nada é mais importante para manter a renda das pessoas do que manter empregos".
Na avaliação da CBIC, o mercado financeiro brasileiro precisa adequar suas práticas ao momento que vive o país. "É preciso repensar a concentração do financiamento imobiliário em poucos bancos. Imagine se no Brasil não tivesse a Caixa e somente os três bancos privados. Imagine o risco sistêmico, a perda de emprego e a insolvência de tantas empresas por todo o pais", frisa.
Novas medidas para a Pessoa Física
Possibilidade de prazo de carência de 180 dias em novos contratos
Possibilidade de pagamento parcial dos encargos por 90 dias
Possibilidade de liberação de até 2 parcelas na construção individual sem vistoria
Possibilidade de negociação de contratos em atraso de 61 dias a 180 dias, com incorporação de encargos e pausa concomitante
Novas medidas para Construtoras e Incorporadoras
Possibilidade de prazo de carência de 180 dias nas novas contratações e na fase de retorno
Antecipação de até 3 meses do cronograma para obras em execução
Liberação de recursos do financiamento não utilizados anteriormente
Admitir prorrogação do cronograma físico-financeiro das obras
Possibilidade de pagamento parcial dos encargos por 90 dias
Antecipação de até 20% do financiamento em novos empreendimentos
Sujeitas à avaliação do cliente na Caixa, a instituição disponibilizará R$ 43 bilhões para o mercado imobiliário nacional nos próximos meses.
As ações anunciadas pela Caixa atendem a pleitos do mercado, que aguardava soluções para questões como a possibilidade de prazo de carência para as novas contratações e a fase de retorno e antecipação do cronograma para obras em execução.
A CBIC tem realizado os webinar ?Diálogos CBIC?, transmitidos via internet, para esclarecer dúvidas dos empresários do setor e propor soluções ao governo para as questões impostas pela Covid-19.
Importantes medidas já foram implementadas:
Medidas já implementadas para a Pessoa Física
Pausa de 90 dias no pagamento das prestações
Ampliação do prazo de reserva orçamentária de 5 para 10 dias prorrogável por mais 10 dias
Flexibilização da atualização da certidão de ônus reais
Possibilidade de reavaliar por mais 60 dias as análises de risco de crédito a vencer
Prorrogação do laudo de avaliação de imóveis, a vencer, por até 60 dias
Recepção de documentos em meio digital, atendimento remoto e novos serviços no APP
Medidas já implementadas para Construtoras e Incorporadoras
Pausa de 90 dias no pagamento das prestações
Inclusão do valor do terreno doado pelo Poder Público como contrapartida da pessoa física
Ajustes nos planos de vendas dos empreendimentos
Prorrogação da validade das Avaliações (Engenharia, Jurídico, Risco de Crédito, Valor Unidades e Cláusula Suspensiva)
Liberação de parcelas das obras sem vistoria física nas operações FGTS e SBPE
Todas as alternativas acima estão sujeitas à avaliação do cliente na Caixa
MERCADO IMOBILIÁRIO - AÇÕES DE MITIGAÇÃO DO IMPACTO COVID 19: https://sindusconpr.com.br/download/7581/
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