publicado em 05/12/2012

Balanço de 2012

Mercado imobiliário encerra o ano com cenário de estabilização

Como foi previsto pelo Sinduscon-PR no começo de 2012, este ano a construção civil e o mercado imobiliário viveram um período de estabilização. Após a euforia vivida em 2010, a estimativa era de que o setor voltasse ao ritmo normal para os padrões de Curitiba.

A taxa de crescimento do VAB (Valor Adicionado Bruto) da construção civil deve fechar o ano com projeção de 2,5% ? um ponto percentual acima da economia brasileira.

Já para 2013, ano com horizonte melhor, a expectativa é de o setor cresça entre 4 e 4,5%, visto que as variáveis que impactam no mercado imobiliário, como crédito, emprego e renda, devem permanecer positivos, com estimativa de que o PIB nacional tenha elevação próximo a 3,5%.

O número de pessoas empregadas formalmente na construção civil manteve-se o mesmo em Curitiba, aproximadamente 78 mil pessoas, enquanto que no Paraná teve um pequeno aumento, passando de 149,7 em 2011, para 155,9 mil trabalhadores este ano.

?Como a produção imobiliária da capital paranaense repetiu a performance do ano passado, o número de trabalhadores também permaneceu o mesmo?, explicou o presidente do Sinduscon-PR, Normando Bau

Construção emprega mais e paga bem

No Brasil, a quantidade de trabalhadores atuando no setor ultrapassou a casa dos 3 milhões: saiu de 2,9 milhões no ano passado para 3,1 milhões este ano, número que representa quase 8% do total de empregados formais do CAGED.

?Como a expectativa é de crescimento maior para 2013, tanto da economia do Brasil quando do setor, acreditamos que a construção deva aumentar o número de trabalhadores em 20% no próximo ano?, destaca o vice-presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Um dos principais motivos de o setor estar atraindo cada vez mais pessoas é o salário. ?Além de boa empregadora, a construção civil também é boa pagadora?, frisa Baú. Para se ter uma ideia, segundo o IBGE, a renda média dos trabalhadores do setor cresceu 143% nos últimos 10 anos, enquanto que a renda média geral das outras atividades teve aumento de 106%. 

Produção imobiliária em Curitiba

Os resultados da produção imobiliária de Curitiba comprovam que 2012 foi um ano de estabilidade. O total de área construída, por exemplo, repetiu o desempenho do ano passado, registrando 1,8 milhões de metros quadrados. Em termos de unidades concluídas, o montante também se manteve ? 14 mil.

Os alvarás liberados para a construção sinalizam a manutenção do crescimento do setor em patamares mais sustentáveis para o perfil da cidade. O total de área liberada foi de 3,4 milhões de metros quadrados, 8% a menos que em 2011 (3,6 milhões). Em termos de unidades, a estimativa é encerrar o ano na casa dos 23 mil, entre residenciais e comerciais. 

A expectativa do setor sobre os lançamentos imobiliário é fechar 2012 com 9 mil unidades, número 36% menor ao do ano passado, ?porém mais condizente com a realidade do mercado curitibano, que nos úlimos 5 anos apresentou média de 9,4 mil lançamentos?, salienta Normando Baú, presidente do Sinduscon-PR. Para 2013, o número deve ficar entre 9 e 10 mil unidades, atendendo à demanda por novas moradias (déficit habitacional e bônus demográfico).

O VNSO (Velocidade de Novos Sobre Oferta) deve manter o ritmo do ano anterior, permanecendo próximo a 10% ? um ponto percentual acima da média histórica. ?Isto significa que a cada 100 unidades que estão à venda no mês, 10 são vendidas?, explica. 

Confira a apresentação do balanço geral de 2012 e pesquisa sobre perspectivas para 2013