No Dia Mundial do Meio Ambiente, Sinduscon-PR chama a atenção para a importância de uma construção mais sustentável

atualizado em 05/06/2020

Uma forte tendência mundial é a sustentabilidade nos empreendimentos imobiliários. E como já é de se imaginar, para que isso seja concretizado é fundamental um bom planejamento da obra, um processo global de ações gerando, essencialmente, menos desperdício e mais economia, a longo prazo.

A construção civil por muito tempo foi tida como vilã no quesito resíduos de obra, um dos pontos cruciais para um empreendimento mais sustentável. Mas não para por aí, não basta apenas reaproveitar materiais, é preciso fazer as escolhas certas.

Por isso, convidamos o coordenador de Área Técnica do Sinduscon-PR, José Rossa Júnior, que destacou 5 ações imprescindíveis para uma construção civil mais sustentável, o que demonstra que a soma de boas atitudes podem mudar o cenário do mundo.

1) Uso racional e redução da extração dos recursos naturais

A escolha dos materiais que serão utilizados na construção, revela muito sobre como será o empreendimento. Por exemplo, a escolha por uma tinta à base de água, sem solvente ou petróleo já reduz em muito o impacto ao meio ambiente. "O ideal é sempre priorizar recursos mais naturais. Outro bom exemplo é o uso de madeiras certificadas de reflorestamento. Isso garante que a construção seja mais sustentável e o meio ambiente menos agredido", reforça, Rossa.

2) Redução do consumo de água e energia

Esse é um tema bastante difundido entre as pessoas. Os novos empreendimentos já têm buscado alternativas para captação de água de chuva e reuso de água; e sistema fotovoltaicos de aquecimento solar, por exemplo, contribuindo para uma redução de consumo e gerando mais economia.

Mas há outros detalhes que podem agregar em muito na construção. "Na parte hidráulica, por exemplo, é fundamental buscar torneiras com aeradores e caixas acopladas que consomem menos água do que as convencionais", considera.

No caso da energia, os eletrodomésticos, devemos optar pelos equipamentos com a classificação A do Selo Procel de Eficiência Energética, que significa que são mais econômicos e geram menos consumo de energia do que aparelhos sem essa certificação.

3) Implantação consciente e ordenada

Se estamos priorizando aquilo que é natural, o empreendimento deve ressaltar aquilo que a natureza tem de melhor, ou seja, luz e ar.

"Na época de projeto deve-se pensar numa edificação que aproveite a luz natural e também os ventos para proporcionar uma ventilação natural ao prédio. São duas soluções que garantem muita economia com energia, afinal não será utilizada toda a carga para o ar-condicionado e iluminação", orienta José Rossa Júnior.

Outro fator a ser considerado é a mobilidade urbana, algo bastante em voga nos últimos anos. Ao pensar numa localização privilegiada de transporte público ou ciclovias, se minimiza questões ambientais.

4) Uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental

"Uma construção com uma vida útil prolongada, é o melhor caminho para a sustentabilidade. Pensando em durabilidade nós estamos pensando em meio ambiente", ressalta Rossa.

Mas o que isso quer dizer? Ao fazer uma reforma em pouco espaço de tempo da construção, fará com que haja um novo montante de resíduos de obra para o meio ambiente. Por isso, optar por materiais duráveis e que também possam ser reaproveitados, se traduz em baixo impacto à natureza.

5) Redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção e operação

Por fim, ao se priorizar um planejamento perfeito da obra para não ter desperdício de materiais; fazer a compra adequada do que irá utilizar na construção; além de uma execução minuciosa de cada etapa, farão com que construção e sustentabilidade caminhem juntas.

"Toda obra tem alguma sobra de material, mas o importante é como se destina ou reaproveita aquilo que sobrou. O mais indicado é tentar utilizar na própria obra, reutilizar formas e escoras de madeira para fazer uma calçada, muro, aterro, e assim tornar mínimo o resíduo que deverá ser destinado posteriormente, inclusive gerando mais custos de obra", encerra o coordenador de Área Técnica do Sinduscon-PR.

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