publicado em 02/10/2024
Na última terça-feira (1º), a Moody's, uma das agências de classificação de risco mais importantes do mundo, elevou a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, mantendo a perspectiva positiva para o país, que se aproxima do grau de investimento, conforme publicado no Jornal O Globo.
Segundo a agência, a nota do Brasil foi elevada devido ao crescimento robusto e à implementação de reformas importantes nos últimos anos. Essa elevação reflete melhorias substanciais no crédito, que esperamos que continuem, incluindo um desempenho de crescimento mais robusto do que o avaliado anteriormente e um histórico crescente de reformas econômicas e fiscais que conferem resiliência ao perfil de crédito, embora a credibilidade do arcabouço fiscal do Brasil ainda seja moderada, como refletido no custo relativamente alto da dívida, diz um trecho do relatório.
A Moody’s aponta que a dívida deve se estabilizar no médio prazo, embora permaneça em um nível relativamente alto. A agência de risco também revisou a projeção de crescimento do PIB para 2,5% neste ano, atribuindo o resultado às reformas estruturais implementadas por administrações sucessivas em diversas áreas políticas.
A entidade destaca que a rigidez estrutural nos gastos e o aumento das despesas obrigatórias são fatores que limitam a eficácia da política econômica. Essas limitações pesam na credibilidade da política fiscal e complicam os esforços contínuos para cumprir as metas fiscais, o que prejudica a eficácia da política e contribui para prêmios de risco relativamente altos, afirma o relatório.
Agências como a Moody's têm como objetivo avaliar a capacidade de uma instituição ou país de pagar suas dívidas. As notas vão de AAA (indicando que a instituição ou Estado é extremamente confiável) a D, para quem está em incumprimento de suas obrigações financeiras.
Com a classificação agora em Ba1, o Brasil está a um passo de alcançar o grau de investimento, o que indica que o país se torna uma opção segura para investidores, apresentando um baixo risco de inadimplência.
Fonte: Jornal O Globo