Mercado mantém estimativas para inflação oficial e juros básicos

publicado em 16/08/2010

Mercado mantém estimativas para inflação oficial e juros básicos este ano

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram as projeções para a inflação oficial e a taxa básica de juros, a Selic, neste ano.

Segundo o boletim Focus, divulgado às segundas-feiras, a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 5,19% e a expectativa para a Selic ao final de 2010 permaneceu em 11% ao ano. Atualmente, a taxa básica está em 10,75% ao ano.

Os analistas esperam que a taxa aumente 0,25 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC marcada para os dias 31 de agosto e 1º de setembro. Segundo essa expectativa, nas reuniões seguintes, de outubro e dezembro, a Selic ficará inalterada.

No próximo ano, os analistas esperam que o IPCA fique em 4,80%, mesma estimativa há 18 semanas, e que a taxa Selic fique em 11,50% ao ano no final do período, contra os 11,63% ao ano previstos no boletim da semana passada. O BC usa a Selic como instrumento de controle da inflação. Quando considera que a trajetória de inflação é de alta, em ambiente de economia muito aquecida, o Banco Central eleva os juros básicos.

O boletim Focus também traz a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que neste ano deve ficar em 5%, contra os 5,04% previstos no boletim anterior. Para 2011, a projeção passou de 4,50% para 4,52%.

A estimativa para o Índice Geral de Preços ? Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 8,43% para 8,46%, este ano, e permaneceu em 5%, em 2011.

A expectativa para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) este ano passou de 8,50% para 8,51%. Para o próximo ano, foi mantida em 5%.

A projeção dos analistas para os preços administrados permaneceu em 3,60%, em 2010, e foi alterada de 4,73% para 4,76%, em 2011. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.

Fonte: Agência Brasil

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