publicado em 22/09/2009
Mantega diz que pode isentar importação de aço se preço continuar a subir no país
Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem dia 21 que o governo está vigilante com o câmbio e com os preços do aço, por exemplo. Segundo ele, se o preço continuar subindo, vai reduzir a alíquota de importação do aço. "Posso até zerar", disse.
Sobre o câmbio, ele afirmou que é necessário "pagar o preço do sucesso".
"A economia está sólida, atraente e segura por isso essa valorização, mas ainda está menor do que antes da crise. Temos que comprar dólares e fazer reservas, enfim, uma forte pressão para compensar o câmbio".
Mantega voltou a afirmar hoje (21) que o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de bens e serviços produzidos no país, deve crescer entre 4,5% e 5% no ano que vem. Segundo o ministro, o Brasil "terá um dos melhores resultados do G20".
"O país sai na frente após um ano de crise. Este é o segundo trimestre em que o PIB cresce", destacou Mantega, ao participar do Fórum de Economia promovido pela Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. "Se não tivéssemos feito nada, nosso PIB seria negativo em 2%".
Mantega disse que o país também cumprirá a meta de arrecadação fiscal no próximo ano, embora não tenha descartado possíveis cortes no orçamento em 2010.
"Não estou dizendo que será fácil, nem neste nem no próximo ano. Já avisamos aos ministérios que não dará para fazer novos programas. Gastos de custeio e viagens internacionais também deverão ser cortados. Só não vamos cortar os programas do Estado de Bem-Estar Social, que são fundamentais".
Mantega destacou que "falta assunto e há dificuldades" para fazer críticas ao governo. "É conversa fiada de que não vamos cumprir a meta fiscal, dá até para zerar o deficit primário", ressaltou. Ele garantiu também que os investimentos do PAC serão mantidos.
O ministro disse também que o mundo pós-crise terá um realinhamento no que diz respeito às exportações. Para ele, todos os países deverão ter um saldo comercial menor. "A tendência é estimular o mercado interno".
Fonte: Agência Brasil