publicado em 15/05/2012
Inovação tecnológica impacta na redução de custos com mão de obra e tributos
O Sinduscon-PR realizou um seminário sobre Inovação Tecnológica e Impactos Previdenciários, no dia 9 de maio. O evento teve início com a apresentação do engenheiro Mozart Bezerra da Silva, que destacou os reflexos na redução de custo com mão de obra, folha de pagamento e tributos, devido ao emprego de novas tecnologias e sistemas construtivos modernos nos canteiros de obras.
Como exemplo, ele citou equipamentos como manipuladores de carga, que podem substituir até 20 homens no transporte vertical e horizontal de materiais. ?Há três anos, para fazer o mesmo serviço, era necessário quase o dobro de operários?, explica o engenheiro.
Também mencionou o sistema de locação, com estação total, que armazena dados, executa cálculos, manda para o computador e gera um mapa preciso da área estudada; niveladores a laser, que substitui o uso de fios de nylon e prumos de peso para a marcação de esquadro, prumo, nível e marcação de eixos; desempenadeira articulada ?Blue Float?, para acabamento de laje, projetor de argamassa, dentre tantos outros.
Em termos de novas técnicas, Mozart citou as vigas pré-moldadas de baldrame, com retroescavadeira e caminhão munck; aço cortado e dobrado, chapisco rolado, argamassa industrializada ensacada e máquina rasga sacos no assentamento da alvenaria; peças de madeira do telhado pré-cortadas na serraria e posicionadas no local mecanicamente; kit pré-montado de porta interna, de janelas sem contramarcos, e estrutura em perfis de aço para forros.
?Por toda esta evolução nos canteiros de obras, é extremamente importante acordar com a fiscalização, a melhor forma de aplicar os dados reais da construção em suas ações fiscais, para que as empresas não sejam penalizadas por estar implantando inovação tecnológica em suas obras?, diz.
RFB participa do seminário e destaca os principais problemas nas auditorias
Com a inovação tecnológica na construção civil, muitas empresas defrontaram-se com problemas de auditoria. ?Um serviço que anteriormente precisava de 10 homens, hoje é feito com um ou dois funcionários, o que provocava distorções na apreciação do custo real de mão de obra investida no empreendimento?, explica o coordenador do Plantão Técnico do Sinduscon-PR, Luciano Sottomaior.
Por este motivo, a Receita Federal foi convidada a participar deste evento na entidade empresarial. Mais de 15 auditores estavam presentes, sendo que o Delegado Adjunto da RFB, Antônio Coelho Lopes, foi representado pelo Assistente Técnico, Luiz Omar Gabardo.
Quem ministrou apresentação sobre regularidade previdenciária das empresas da construção civil foi a auditora Sandra Consuelo Chuves. Ela abordou questões de regularidade para o cumprimento das obrigações previdenciárias e os problemas mais comuns encontrados pela Central de Obras da Receita.
Dentre os principais pontos, ela destacou equívocos com enquadramento quanto ao tipo de empreitada, na hora de determinar quem deve cadastrar matrícula CEI (Cadastro Específico do INSS) ? o proprietário, o incorporador, a construtora, o dono da obra ou, em alguns casos, o condomínio.
Sandra explanou também sobre o Simples Nacional, que deve sempre ser verificado o correto enquadramento do Anexo III ou Anexo IV do Regime Simplificado. ?Algumas empresas, dependendo da atividade, devem ser enquadradas no Anexo IV e podem ter aumento de 23% na tributação da folha de pagamento?, explica.
Sandra Chuves desliga-se da chefia da Central de Obras
O seminário marcou a despedida da auditora Sandra Consuelo Chuves da Central de Obras da Receita Federal do Brasil. Ela passa a integrar a equipe que irá trabalhar, em Brasília, nas alterações da Instrução Normativa, que impactará futuramente no setor da construção civil.
?Ela realizou um trabalho excepcional frente à Central de Obras, sempre abrindo espaço para nos ouvir, participando dos eventos promovidos pelo Sinduscon-PR para orientar os empresários do setor?, destaca Sottomaior.
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