publicado em 24/06/2010
Inflação na terceira prévia de junho tem a menor taxa desde 2006
Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve queda de 0,19%, na terceira prévia de junho, segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi a menor taxa da série histórica desde a primeira semana de julho de 2006, quando o IPC-S havia caído em 0,23%. Os preços foram coletados no período de 23 de maio a 22 de junho deste ano, comparados aos 30 dias anteriores.
Mais uma vez, o principal responsável pela baixa foi o grupo alimentação com o quarto declínio seguido (-1,45%) ante (-1,05%). Entre os produtos com as maiores baixas estão as hortaliças e legumes (de -7,51% para -8,43%); os laticínios (de -0,52% para -1,31%) e o arroz e feijão (de 1,79% para 0,16%).
O grupo transporte também continuou em queda (-0,15%), em ritmo mais acentuado do que na apuração passada (-0,13%) com destaque para o seguro facultativo para veículos (de 3,91% para 3,01%).
Em dois grupos os preços estão perdendo força: habitação em alta de 0,43%, taxa inferior à registrada na segunda prévia (0,56%) e vestuário, que teve aumento de 0,81%, igualmente abaixo da pesquisa anterior (1,12%).
Os demais grupos indicaram elevações: educação, leitura e recreação (de 0,01% para 0,07%), sob efeito do reajuste nas passagens aéreas (de 4,91% para 6,57%); em saúde e cuidados pessoais (de 0,44% para 0,47%) puxada pelos artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,25% para 0,43%) e em despesas diversas (de 0,34% para 0,52%) com influência, principalmente, do cigarro (de 1,32% para 1,89%).
Os aumentos que mais pressionaram o IPC-S foram: tarifa de eletricidade residencial (de 1,76% para 1,10%), mamão papaia (de 8,74% para 7,80%), cigarro (de 1,32% para 1,89%), aluguel residencial (de 0,39% para0,53%) e condomínio residencial (de 1,21% para 0,98%).
Em sentido oposto, os itens que mais colaboraram para a queda da taxa são: batata-inglesa (de -19,50% para -26,87%), açúcar refinado (de -9,64% para -12,61%), leite tipo longa vida (de -2,86% para -4,56%), tomate (de -17,91% para -7,86%) e cenoura (de -14,22% para -16,45%).
Edição: Tereza Barbosa
Fonte: Agência Brasil