Notícias Indústria Imobiliária

Indústria da construção deve gerar 4.390 novas vagas de emprego em Curitiba e RM

publicado em 19/12/2022

Este foi o resultado da pesquisa sobre as perspectivas para 2023 encomendada tradicionalmente pelo Sinduscon-PR, a cada final de ano. A sondagem, que mede o ânimo dos empresários da indústria da construção paranaense foi divulgada no dia 12 de dezembro, em reunião com associados no Sinduscon Corporate. Segundo o estudo, 50% pretendem aumentar o número de funcionários, 48% devem manter e apenas 2% diminuir. Em média, a intenção é crescer 18% o quadro de colaboradores no próximo no, o que pode gerar aproximadamente 4.390 novos postos de emprego formal em Curitiba e Região Metropolitana.

70% têm intenção de aumentar o nível de atividade em 2023, sendo que 15% têm intenção de lançar novos empreendimentos imobiliários e 39% já têm lançamento programado (atualmente, há 637 unidades programadas).

Cenário nacional

Para este ano, o Boletim Focus aponta que as instituições financeiras elevaram a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) de 2,81% para 3,05%. Já o PIB da construção civil deve avançar o dobro da economia nacional, algo próximo a 6%.

A taxa básica de juros do país (Selic) passou de 2% ao ano em março de 2021 para 13,75% atualmente.

Os juros de crédito subiram de 9,43% ao ano em setembro de 2020 para 12,7% em setembro deste ano. (A taxa básica de juros importa porque ela representa o custo do dinheiro no país). No setor imobiliário, influencia os contratos. Se a Selic sobe, quem tem financiamento passa a pagar mais caro pelo imóvel.

Ponto positivo é que a inflação está caindo. Inflação geral (IPCA) chegou a 13,85% em 2021, agora está em 9,50%. Já a inflação do setor (INCC), que era 10,06% em 2021, está atualmente 5,92%.

Mercado Imobiliário

Se 2021 foi o melhor ano para o mercado imobiliário, 2022 vem logo em seguida na segunda colocação.

A área liberada para construção este ano em Curitiba deve ser de aproximadamente 3,2 milhões de metros quadrados, recuperando o patamar dos anos 2012 e 2013. Em termos de unidades, o número é 25% menor (30.902 em 2021 e 23.177 em 2022). "Se em área mantemos a performance mas caiu o número de unidades habitacionais, significa que estão sendo construídas moradias maiores, empreendimentos de maior valor", explica Marcos Kahtalian, VP de Banco de Dados do Sinduscon-PR.

Em termos de alvarás de conclusão de obra, este ano registrou aumento de 30% na emissão de Habite-se: 10.902 em 2022 contra 8387 em 2021. Em 2022 também foram lançadas 7920 novas unidades verticais, 5% a mais do que no ano anterior.

Questões para 2023:

- O ritmo da construção em 2023 vai ser influenciado pelo ritmo de manutenção e redução da taxa básica de juros ao longo do ano.

- Acredita-se que programas habitacionais voltados às menores rendas, com apoio do FGTS, terão uma dinâmica mais forte em relação aos anos anteriores.

- O mercado de trabalho do setor continuará gerando vagas, porém em menor ritmo, em um cenário de maior estabilidade.

- Espera-se impulso ainda em obras públicas, concessões e PPPs (governo de transição já está falando sobre este tema).

- A questão fiscal precisa ser equacionada, com reformas tributárias que não penalizem o setor que é grande empregador.

Compartilhe


Publicidade

Receba por e-mail

Cadastre-se e receba nossas newsletters.