Fiep vai mobilizar setor produtivo paranaense em projeto para redução do Custo Brasil

publicado em 06/07/2021

A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) vai liderar uma mobilização para reunir o setor produtivo do estado em torno de um projeto que tem o objetivo de reduzir o chamado Custo Brasil. A proposta de formação de uma coalizão estadual para contribuir com propostas para melhorar o ambiente de negócios nacional e local foi apresentada no dia 1º de julho, em Curitiba, pelo secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, Jorge Lima.

O encontro, realizado no Campus da Indústria e transmitido por videoconferência, reuniu presidentes de sindicatos e lideranças do setor industrial de todo o Paraná. "O Custo Brasil é um componente vital na formação do preço do produto industrializado", afirmou o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. "Termos um secretário do Ministério da Economia falando sobre esses custos que temos na nossa produção, podendo opinar e influir, é muito importante. Por isso a Fiep está envolvida, no interesse da indústria, vamos fazer a coalizão e voltar com propostas efetivas para esse movimento", completou.

Jorge Lima destacou que o projeto, desenvolvido em uma parceria entre o ministério e o Movimento Brasil Competitivo (MBC), inicialmente calculou que os custos indiretos e as ineficiências do ambiente de negócios fazem com que a economia do país perca R$ 1,5 trilhão ao ano, o que corresponde a 22% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse é o valor que o setor produtivo brasileiro desembolsa a mais para exercer suas atividades, quando comparado com as condições das empresas nos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em seguida, com participação de diversas entidades empresariais parceiras, incluindo a Fiep, foram elencadas 1.174 proposições em diversas áreas, com 847 delas tendo impacto mensurável sobre esse custo. "Falamos sempre em potencial redução do Custo Brasil. Tem medidas que vamos fazer hoje e o reflexo dela é amanhã. Tem medidas que vão ser ao longo dos anos, como a Lei do Saneamento, que vai dar resultado em 10 anos, ou a Lei do Gás, em 7 anos. O grande problema é que, se a gente não começar agora, nós não começamos nunca", disse o secretário.

Segundo ele, até o momento já foram implantadas medidas, tanto diretamente pelo Executivo quanto pela aprovação de projetos no Congresso Nacional, que já têm potencial para reduzir em R$ 280 bilhões o Custo Brasil. A expectativa é que, até março do próximo ano, possa-se chegar a aproximadamente R$ 1 trilhão com medidas ainda em análise e discussão. "É um projeto em que existe um senso de urgência muito grande e exige um trabalho conjunto do setor produtivo, do Executivo e do Congresso", afirmou Lima.

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