publicado em 09/11/2009
Entidades de Classe se unem em prol do desenvolvimento do Paraná
As entidades da Engenharia, da Arquitetura e da Indústria da Construção do Paraná afinaram suas atuações com troca de experiências na reunião realizada na noite desta terça-feira (03). A iniciativa do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) foi motivar a participação das associações, conselhos e sindicatos, demonstrando a importância da leitura que cada interveniente tinha da situação do mercado, conforme realizava o Patrono dos Encontros, Nelson Torres Galvão.
Estiveram presentes representantes da Associação Paranaense dos Empresários de Obras Públicas (Apeop), Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea-PR), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-PR), Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-PR), Câmara de Valores Imobiliários do Paraná (CVI), Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-PR), Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi) e Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon) e do IEP.
Inicialmente, o presidente do IEP, Jaime Sunye Neto, expôs o objetivo da iniciativa de reunir as entidades para utilizar suas atribuições a favor do fortalecimento do Paraná. As políticas de estado discutidas nas futuras reuniões poderão ser encaminhadas para implantação nas propostas e projetos dos gestores públicos. Para ele, a ?transformação da sociedade paranaense só é realizada com colaboração do governo, sociedade e terceiro setor?.
Após a abertura, cada um dos participantes apresentou o perfil da sua entidade, focando na atuação política, social e econômica. Também apresentaram os serviços oferecidos e o número de profissionais e empresas associados. Julio César Cattaneo, presidente da CVI, expôs que independente do pensamento coletivo em busca do desenvolvimento deve haver clareza na separação das atribuições, para que não exista conflitos entre as entidades nas ofertas de serviços e produtos.
O presidente do Secovi, Luiz Carlos Borges da Silva, sugeriu que a oferta de serviços entre as entidades seja feita através de convênios, como por exemplo, a promoção de cursos de aperfeiçoamento aos profissionais, de uma entidade para associados dos conselhos e sindicatos. Para ele, ?as entidades devem estar juntas, principalmente na troca de informações?. O Superintendente do Creci, Luiz Ribeiro, colocou que a conciliação aumentará a representação política que muitas vezes é pouca diante da burocracia estatal para as entidades de classe.
Gilberto Piva, vice-presidente do CREA-PR, declarou que o Conselho por ser entidade federativa, diferencia-se das outras entidades, mas que sempre apoia as iniciativas sociais. ?O CREA trabalha com a regulação e fiscalização da aplicação das leis envolvendo a engenharia, arquitetura e agronomia, mas fora da regulamentação ele vem capitaneando processos de políticas públicas? afirmou Piva. O presidente da Asbea, Gustavo Pinto, disse que essa postura participativa da Asbea é uma das prioridades de sua diretoria. Para ele, ?é fundamental a participação das entidades em debates, palestras e reuniões para discutir industrialização, sustentabilidade, formação profissional, ocupação de novos espaços e legislação?.
Para os representantes das entidades ficou evidente que se precisa buscar uma conciliação entre as finalidades diferentes, definindo o posicionamento político na defesa da cidadania e dos profissionais. Segundo José Alberto Pereira Ribeiro, presidente da Apeop, ?essa iniciativa da união das entidades deve começar no IEP, pois possui pensamento apartidário e trabalhará como o elo aglutinador das entidades?. A opinião foi reforçada por Ney Fernando Perracini de Azevedo, membro do Conselho Consultivo do IEP, que enfatizou os benefícios da iniciativa do Instituto na busca da integração das entidades, que trará resultados favoráveis a todos.
Outra questão fundamental colocada pelos participantes é a criação de uma agenda comum, priorizando grandes temas, como a estruturação do Paraná a curto prazo para a Copa de 2014, a revitalização de edifícios do centro de Curitiba, os benefícios das obras sustentáveis e infraestrutura nas periferias. Euclésio Manoel Finatti, do Sinduscon, observou que é importante para as entidades ter uma visão conjunta da política, em que ajudará no delineamento do planejamento do Paraná. Para Jéferson Dantas Navolar, do IAB-PR, as entidades devem trabalhar encima de um planejamento diferenciado regionalmente, no plano estadual e municipal.
O próximo encontro está agendado para 07 de dezembro. Os representantes trarão temas do interesse das entidades e da sociedade paranaense, transformando os encontros das entidades em Fóruns de discussão da Engenharia, da Arquitetura e da Indústria da Construção.