Economia volta a registrar resultados positivos, após expressiva queda

publicado em 17/11/2020

Após registrar queda de 2,5% em seu Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses do ano e recuo de 9,7% no período abril a junho, a economia nacional voltou a apresentar resultados positivos. O Indicador de Atividades (IBC-Br), calculado e divulgado pelo Banco Central, demonstra que a atividade econômica cresceu 9,47% no 3º trimestre em relação aos três meses anteriores. Esse resultado confirma que o País saiu da recessão técnica observada no primeiro semestre.

“Medidas como o pagamento do auxílio emergencial, as linhas de credito criadas especialmente para dar um novo fôlego a economia, e a flexibilização do isolamento social certamente contribuíram para esse resultado”, destaca a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, destacando o desempenho da construção civil, que está ajudando a incrementar as atividades do País.

De julho a setembro, o setor gerou mais de 137 mil novas vagas com carteira assinada. No acumulado dos nove primeiros meses do ano a construção é um dos setores que apresentam resultados positivos em seu mercado de trabalho com a criação de 102.108 novas vagas.

De acordo com dados do IBC-Br a economia brasileira cresceu 1,29% em setembro em relação ao mês anterior. Foi a quinta alta consecutiva do indicador, depois de apresentar retração de 5,89% em março e de 9,23% em abril, em função do auge da crise provocada pelas medidas de isolamento social. Em relação aos três meses anteriores, na série com ajuste sazonal em função da pandemia do novo coronavírus.

Apesar dos resultados positivos, a economia nacional ainda não voltou aos seus patamares pré-crise. O referido indicador atingiu 136,34 pontos em setembro, abaixo do patamar de fevereiro (139,80 pontos). No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o índice de atividade econômica registrou retração de 4,93% na série sem ajuste sazonal.

Alguns indicadores contribuem para justificar o resultado do IBC-Br:

  • Produção industrial cresceu 2,6% em setembro, em relação ao mês anterior (IBGE)
  • Vendas do comércio varejista apresentaram alta de 0,6% em setembro (IBGE)
  • Setor de serviços cresceu 1,8% em setembro em relação ao mês anterior
  • Mercado de trabalho formal gerou geradas 697.296 novas vagas com carteira assinada de julho a setembro (Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia)

Esses resultados ajudam a justificar as estimativas menos pessimistas para a economia nacional em 2020. Conforme a pesquisa Focus de 13 de novembro, realizada pelo Banco Central com analistas do mercado financeiro, o PIB Brasil encerrará 2020 com queda de 4,66%. “É a melhor estimativa desde o início de maio”, menciona Vasconcelos, lembrando que no final de junho a projeção era de queda de -6,54%.

“Apesar dos resultados positivos observados nos últimos meses a economia nacional ainda possui sérios desafios. Além da questão fiscal, existem preocupações com o mercado de trabalho e a possibilidade de uma segunda onda da Covid-19 no País, como a que está ocorrendo na Europa”, avalia a economista.

Veja a íntegra do Informativo Econômico do Banco de Dados da CBIC.

Fonte: CBIC

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