Custo da construção cai para 0,66% em julho

publicado em 28/07/2015

Custo da construção cai para 0,66% em julho

O Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M) registrou taxa de 0,66%, em julho, resultado inferior ao observado no mês anterior, de 1,87%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Quanto ao índice de materiais, equipamentos e serviços, a variação foi 0,17% neste mês. Em junho, a taxa foi 0,47%.

O INCC-M é um dos três componentes de cálculo do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e serve como um indexador em contratos habitacionais. Ele é adotado por algumas construtoras para o reajuste das parcelas dos financiamentos de imóveis, no período entre a compra e a entrega do bem.

O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O índice referente à mão de obra variou 1,1%. No mês anterior, a variação registrada foi 3,16%. No grupo materiais e equipamentos, a taxa ficou em 0,15%, inferior ao índice do mês anterior, que havia sido 0,53%. Três dos quatro subgrupos apresentaram decréscimo, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,3% para -0,07%.

A parcela relativa a serviços passou de 0,27%, em junho, para 0,23% em julho. Neste grupo, vale destacar a desaceleração do subgrupo refeição pronta no local de trabalho, cuja variação passou de 1,26% para 0,62%.

O grupo mão de obra registrou variação de 1,1%, em julho. No mês anterior, a variação havia sido 3,16%. Esse resultado foi influenciado pelos reajustes salariais em São Paulo, Distrito Federal e Porto Alegre.

Já o Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), recuou 4,7% de junho a julho, alcançando 70,2 pontos, o menor nível da série iniciada em julho de 2010. No ano, o ICST acumula queda de 26,5%. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) alcançou 56,6 pontos, após recuo de 1,2%. Já o Índice de Expectativas (IE-CST) apresentou queda de 7%, após alta de 3% em junho, alcançando 83,7 pontos, recorde negativo histórico.

De acordo com a coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo, a queda do indicador de confiança não surpreende, pois não ocorreram fatos capazes de reverter o declínio da atividade no setor observado desde o ano passado. ?Vale notar que para a grande maioria das empresas [60%] a carteira de contratos está abaixo do normal. A pequena melhora das expectativas observada no mês anterior não teve respaldo da situação dos negócios. Enfim, a percepção dominante no setor é de que retração na atividade ainda deve prosseguir?.

Segundo os dados, a queda do IE-CST foi influenciada pelo indicador que mede as perspectivas de evolução dos negócios nos seis meses seguintes, com queda de 9,1% em julho, atingindo 87,6 pontos. Entre os quesitos integrantes do ISA-CST, a maior contribuição para a queda de julho foi a do indicador que mede o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios, que declinou 3,7% em relação ao mês anterior, atingindo 56,6 pontos.

Fonte: Agência Brasil

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