Copom não deve alterar taxa de juros na reunião desta semana

publicado em 31/08/2009

Copom não deve alterar taxa de juros na reunião desta semana, preveem analistas 
 

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil 
 
 
Brasília - Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) não esperam mais reduções da taxa básica de juros, a Selic, neste ano. Amanhã (1º) e na próxima quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir a taxa de juros.
 
Atualmente a Selic está em 8,75% ao ano. Os analistas também mantiveram a projeção para os juros básicos ao final de 2010 em 9,25% ao ano. A informação consta do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central. 
 
O BC usa a Selic para controlar a inflação e cabe à autoridade monetária perseguir a meta de 4,5% para este e o próximo ano. Essa meta, definida com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tem margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é de 2,5% e o superior é 6,5%.
 
Os analistas esperam que neste ano o IPCA fique em 4,29%, abaixo dos 4,32% previstos no boletim da semana passada. Para 2010, foi mantida a previsão de 4,30%.
 
Os analistas consultados pelo BC também fazem projeção para outros índices de inflação. No caso do Índice Geral de Preços ? Disponibilidade Interna (IGP-DI) e do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) a expectativa é de deflação neste ano. As projeções para os dois índices passaram de -0,57% para -0,64% e de -0,73% para -0,72%, respectivamente. No caso do Índice de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), a estimativa foi mantida em 4,12%. Para 2010, a projeção para esses três índices é de 4,5%. 
 
Para os preços administrados, os analistas mantiveram as expectativas de 4,20% neste ano e de 3,50% em 2010.
 
Quanto ao desempenho da economia, foi mantida a projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,30% neste ano e de crescimento de 4% em 2010. Para a produção industrial, os analistas alteraram a estimativa de retração de 7,05% para 6,93% neste ano. Em 2010, eles esperam crescimento de 5,10% e não mais de 5,05%. 
 
Os analistas também alteraram a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB de 42,25% para 42,43% neste ano e de 40,95% para 41% em 2010. 
 
O dólar deve valer R$ 1,85 ao final de 2009 e de 2010, a mesma estimativa do boletim anterior. A projeção para o superavit comercial neste ano foi alterada de US$ 23,7 bilhões para US$ 24 bilhões. Para 2010, a expectativa foi mantida em US$ 18 bilhões.
 
Para o deficit em transações correntes (registro das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), os analistas ajustaram a estimativa de US$ 14,550 bilhões para US$ 15 bilhões. Eles não alteraram a expectativa de deficit em conta corrente de US$ 22 bilhões em 2010. 
 
A estimativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 25 bilhões neste ano e em US$ 30 bilhões em 2010. 
 
Fonte: Agência Brasil
 

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