publicado em 18/10/2019
O setor da construção civil registrou em setembro de 2019 um saldo de 18.331 novas vagas com carteira assinada, segundo o mais recente relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Resultado da relação entre 126.439 admissões e 108.108 desligamentos, o número foi divulgado nesta quinta-feira (17) pela Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia. A quantidade de trabalhadores formais no setor, em todo o País, passou de 2,073 milhões em agosto para 2,092 milhões em setembro, o que representou um crescimento de 0,89%.
Foi o sexto mês consecutivo de números positivos no mercado de trabalho formal do setor e o melhor resultado para um mês de setembro dos últimos seis anos. Nos primeiros nove meses do ano, a construção contabiliza um saldo de 116.530 vagas, o que representa uma expansão de 5,90% no número de trabalhadores e, em 12 meses, 50.122 vagas (aumento de 2,45%). O acompanhamento do tema tem interface com o projeto Banco de Dados da Construção, desenvolvido pela CBIC com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
Apesar de ainda distantes do necessário para recuperar as vagas perdidas nos últimos anos, o resultado de setembro comprova, segundo Martins, uma reversão de sinais nas atividades da construção. "Estes números representam um certo alento para o setor, pois confirmam que a construção voltou a caminhar", afirma o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.
Ampliação do uso do FGTS pode prejudicar emprego e moradia
Apesar do resultado, o setor continua preocupado com questões como o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS). Qualquer alteração no direcionamento dos recursos que garantem o financiamento da habitação popular pode trazer efeitos insatisfatórios do ponto de vista socioeconômico, tanto em termos de acesso à moradia como geração de postos de trabalho.
"O País vivencia um momento onde é necessária a união de esforços de todos os agentes para consolidar o crescimento econômico. Por isso, é preciso cuidar especialmente de setores tão importantes como a construção civil, para que os resultados positivos não sejam temporários, e sim, permanentes", comentou o presidente da CBIC.
Fonte: CBIC