publicado em 27/11/2020
A construção civil gerou 36.296 novas vagas com carteira assinada em outubro no País, resultado da diferença de 154.655 admissões e 118.359 demissões. Nos primeiros dez meses do ano, a construção foi responsável pela criação de 138.409 novos postos de trabalho e liderou a geração de vagas formais no País superando, inclusive, a Agropecuária, que, no mesmo período, contabilizou 102.911 novos empregos.
Além disso, em virtude do incremento de atividades, o setor registrou o melhor resultado do seu mercado de trabalho, para o período de janeiro a outubro, dos últimos sete anos (207.787).
Os dados do Novo Caged relativos a outubro/20 foram divulgados nesta quinta-feira (2) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, e indicam que pelo quinto mês consecutivo a construção civil registrou resultados positivos em seu mercado de trabalho formal.
Para a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, a construção segue demonstrando o dinamismo de suas atividades e a sua importância para a recuperação da economia nacional.
De junho a outubro, o setor gerou 190.860 novos empregos, o que contribuiu para a total recuperação dos postos de trabalho perdidos de março a maio. Em outubro todos os segmentos do setor apresentaram resultados positivos, o que demonstra o dinamismo mais generalizado das atividades:
- Construção de edifícios gerou 11.676 novos postos de trabalho
- Obras de infraestrutura 12.606
- Serviços especializados para a Construção 12.014
Vasconcelos aponta que a Sondagem da Indústria da Construção de outubro, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da CBIC, já sinalizava que o setor estava mantendo sua trajetória de crescimento. Pelo terceiro mês consecutivo o índice do nível de atividade ficou superior a 50 pontos o que demonstra o aquecimento do setor. Certamente essa alta de atividade vem estimulando o aumento do emprego conforme confirmou os resultados do novo Caged.
“É importante ressaltar que mesmo diante de dificuldades, como o desabastecimento de insumos e aumento acentuado em seus custos, o setor segue produzindo e, nos últimos cinco meses, o número de admitidos foi superior ao número de demitidos. Um dos fatores que têm contribuído especialmente com o incremento das atividades da construção é o desempenho do mercado imobiliário nacional. A baixa taxa de juros tem proporcionado um incremento expressivo no financiamento imobiliário e contribuído para dinamizar as atividades do setor”, destaca Vasconcelos.
Veja a íntegra da análise do Caged no Informativo Econômico do Banco de Dados da CBIC.
Fonte: CBIC