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Conecti: Sociedade precisa planejar cidades já para Eleições 2020

publicado em 25/11/2019

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A expectativa de viver em uma cidade onde as decisões da gestão pública sejam planejadas a longo prazo e não sejam modificadas a cada quatro anos. Essa foi a tônica do tema do painel ‘O Futuro da Minha Cidade’, nesta sexta-feira (22), no Congresso Nacional de Engenharia, Construção, Tecnologia e Inovação da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Conecti CBIC 2019). Especialistas compartilharam, com mais de 400 participantes do encontro, suas experiências sobre o tema e chamaram a atenção para a oportunidade de trabalhar ações com foco já nas Eleições 2020.

A linha de condução da conversa foi o projeto ‘O Futuro da Minha Cidade (OFMC)’ que, desde 2012, visitou 29 cidades nas cinco regiões brasileiras. A iniciativa desenvolvida pela CBIC tem a correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional).

José Carlos Martins, presidente da CBIC, mediou a mesa citando exemplos de cidades que já vêm dando resultados e a importância do planejamento estratégico. “Alguns locais se transformaram em exemplos de sucesso e referência de boas práticas, como Maringá, Brasília, Goiânia, Manaus, Bento Gonçalves, entre outras. Essas cidades comprovam que é possível, viável e imprescindível que o planejamento estratégico da cidade seja do cidadão e não do governante de plantão”, destacou Martins.

Com a proximidade das eleições municipais, que ocorrerão no próximo ano, Martins ressaltou a urgência da temática para o futuro do país. “A intenção de estabelecer o compromisso dos candidatos em assumir os projetos definidos pela sociedade deve ser garantida com uma gestão participativa e colaborativa, a fim de evitar a descontinuidade das obras estruturantes do município”, frisou.

O presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese-DF), Paulo Muniz, trouxe a experiência da entidade, que criou 19 câmaras temáticas para contribuir para o planejamento estratégico do DF. “Em 2017 criamos o projeto ‘O DF que a gente quer’ e em julho de 2018 o apresentamos para a sociedade tomar conhecimento. A partir daí, o então governador eleito Ibaneis Rocha convidou o grupo para participar da transição de governo. Hoje, o cidadão é quem pauta o governo e não o contrário. Nossa meta é continuidade e não interromper os projetos com as mudanças políticas”, destacou.

Segundo Muniz, ainda dá tempo de demandar os candidatos sobre as necessidades das cidades. “Com a aproximação das eleições municipais de 2020, a sociedade tem que estar preparada para ser propositiva, visando um futuro melhor para sua cidade, pois temos que pensar em formas de prevenção, não no déficit que já existe”, ressaltou.

O secretário de Governo do Distrito Federal José Humberto Pires (que foi representando o governador do DF, Ibaneis Rocha), destacou que Brasília é uma cidade de oportunidades, e que está trabalhando em cima de projetos estruturantes, como o das parcerias pulico-privadas. “É importante ter uma prateleira de projetos que permanecem, independente de governos e governantes. A continuidade do planejamento é o diferencial, principalmente aqueles de médio e longo prazo” pontuou.

Pires também esclareceu como foi a receptividade do projeto do Codese-DF desde a campanha até as diretrizes da nova gestão. “Sabemos da representatividade do Codese, que conta com um apoio popular na sua gestão. Além disso, as estratégias do projeto ‘O DF que a gente quer’ estão ajudando o governador Ibaneis na gestão da capital federal”, comentou.

Silvio Barros, consultor de sustentabilidade e ex-prefeito de Maringá, falou sobre o projeto ‘O Futuro da Minha Cidade’ (OFMC) da CBIC, coordenado por ele. Na sua fala, Barros fez um convite aos presentes para pensarem em como suas cidades estarão daqui 20 anos.  “As cidades atuais estão preparadas para integrar as novas tendências em mobilidade, moradia e tecnologias a serviço do cidadão? Quais medidas legais precisam ser revistas para essas inovações e para os novos empregos?”, questionou.

A proximidade das eleições de 2020 são uma oportunidade para a CBIC colocar em prática a nova fase do OFMC, que será ainda mais acessível, segundo Barros. “Entendemos que o tempo é curto e os desafios grandes. Por isso, a CBIC idealizou uma forma mais dinâmica e acessível, via plataformas digitais, para que o modelo proposto pelo projeto da gestão da sociedade organizada chegue a todos os seus associados, e que, no mínimo, os projetos mais estruturantes dos municípios sejam apresentados aos candidatos às prefeituras municipais antes das eleições”, afirmou o consultor.

Barros apresentou o relatório do OFMC e destacou que a cidade de Maringá hoje é fruto do um planejamento de mais de duas décadas. “A gente acha que o Brasil deve seguir o exemplo de Maringá. Para isso ser viável, a CBIC vai mobilizar a sociedade pra ser protagonista e não refém do futuro, criando um mecanismo de governança colaborativa”, explicou, reforçando o exemplo de continuidade que a cidade paranaense já pratica. “Aquilo que é estratégico e importante para o município não pode parar. Todos os projetos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) em Maringá foram entregues finalizados, sem interrupção, o que vai contra a média do resto do pais”, ressaltou.

O consultor reforçou que o projeto da CBIC está convocando todos a planejarem o futuro, instigando a sociedade, que deve estar preparada para os próximos 10 anos. “Como estamos aparelhando nossa cidades para o aquecimento global, por exemplo? Isso exige a nossa participação, pensando em como minimizar os danos, pois essas coisas vão acontecer e quem está agindo de maneira preparatória vai sofrer menos com as consequências”, explicou.

O Conecti CBIC 2019 é promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Sindicato da Construção Civil do Paraná (Sinduscon PR/Noroeste), com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional) e Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional).

O tema do painel tem interface com o projeto ‘O Futuro da Minha Cidade’, uma iniciativa desenvolvida desde 2012 pela CBIC — por meio da Comissão de Meio Ambiente (CMA) —, com a correalização do Sesi Nacional.

Fonte: CBIC

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