Compra de imóveis e veículos puxam aumento de empréstimos

publicado em 22/09/2010

Compra de imóveis e veículos puxam aumento de empréstimos para famílias

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O crédito consignado e o financiamento habitacional e de veículos estão entre as modalidades que lideraram a expansão dos empréstimos para as famílias em agosto, segundo dados do Banco Central (BC).

O crédito consignado apresentou aumento de 3,1% de julho para agosto. No mês passado, em relação ao mesmo período de 2009, o crescimento foi de 31,8%. O saldo dessa modalidade ficou em R$ 129,721 bilhões.

O crédito para a compra de veículos ficou cresceu 2,7% no mês e 41,6% em 12 meses. O saldo em agosto ficou em R$ 120,803 bilhões. No caso do crédito habitacional, com recursos direcionados, a expansão em agosto foi de 3,9% na comparação com julho e de 51,1% em relação ao mesmo período de 2009. O saldo dessa modalidade ficou em R$ 114,617 bilhões.

? É importante dizer que a expansão de crédito acontece em um momento de declínio da inadimplência para as pessoas físicas. É uma perspectiva muito boa daqui pra frente?, afirmou o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel.

Em agosto, a taxa de inadimplência, como são considerados os atrasos superiores a 90 dias, ficou em 6,2%, queda de 0,1 ponto percentual em relação a julho deste ano e de 2,1 pontos na comparação com o mesmo mês de 2009. ?À medida que tem esse cenário de crescimento de renda e emprego na economia é de se esperar que a inadimplência continue decrescendo e tenha taxa de juros cadente para as famílias?, acrescentou Maciel.

No caso das empresas, ele afirmou que a inadimplência não teve queda tão ?significativa? quanto a das famílias. A redução da inadimplência foi de 0,3 ponto percentual em agosto em relação ao mesmo mês de 2009. Em relação a julho deste ano, a taxa ficou estável (3,6%).

?A gente tem informações pelos contatos com os bancos, de crescimento da participação de micro e pequenas empresas [no crédito]. São tomadores com perfil de risco mais elevado. Acredito que esse seja um fator relevante para o aumento das taxas de juros?, acrescentou Maciel.

Fonte: Agência Brasil

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