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CBIC é convidada para ajudar o governo a combater a crise

publicado em 12/01/2009

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) foi convidada a compor o pequeno Grupo de Trabalho que, junto com o Ministério da Fazenda e o Banco Central, acompanhará os impactos da crise na economia e terá a responsabilidade de propor alternativas para minimizar os reflexos no Brasil. O convite foi feito pelo próprio Ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao presidente Paulo Safady Simão. As reuniões do GT serão mensais e em Brasília. 
 
Na semana passada, Simão levou ao ministro e ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, um diagnóstico do setor da construção, junto com uma série de propostas para mitigar os impactos da crise e da redução do crédito no segmento. 
 
Entre as principais ações estão a manutenção dos níveis de investimento nos financiamentos imobiliários, a redução do prazo para pagamento de faturas de obras públicas, como forma de garantir capital de giro para as empresas; o fim dos entraves nos convênios de repasse de recursos do PAC através da Caixa Econômica Federal; a consolidação do banco de projetos e a criação de um grupo de trabalho para discutir os principais pontos que impedem o bom andamento das obras públicas. Paulo Simão também aproveitou a oportunidade, para pedir a manutenção das regras de financiamento pactuadas nos plantões de vendas de imóveis. 
 
Diante da contínua dificuldade para obtenção da Certidão Negativa de Débito (CND), a CBIC solicitou também à equipe econômica que estenda a todo o sistema financeiro e aos registros públicos a possibilidade de contratação de financiamento sem a necessidade de apresentação da CND. A abertura foi viabilizada pela Medida Provisória 451, publicada no final do ano passado, mas limitada aos agentes financeiros públicos. "Guido Mantega se comprometeu a estudar esta ampliação", confirmou o presidente Paulo Simão. 
 
Habitação social 
 
De acordo com o presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, um pacote de medidas de investimento para o segmento será anunciado até o final de janeiro. Entre as propostas sugeridas pela entidade para o novo pacote estão: a criação de produtos que dêem maior tranqüilidade ao consumidor final, como a carência ao longo da vigência dos contratos de financiamentos habitacionais; a desoneração do produto final; subsídios; o cadastro positivo e desburocratização. A meta será investir cerca de R$ 300 bilhões até 2023, para construir mais de 8 milhões de moradias para famílias com renda de até cinco salários mínimos. 

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