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Cases de Responsabilidade Social estimulam mudança de cultura empresarial

publicado em 21/10/2015

Responsabilidade Social é um tema tão em voga quanto sustentabilidade, atualmente. Fato é que o conceito ainda não caiu no domínio das pessoas e empresas, o que se perde em potencial para a sociedade como um todo. O ENIC trouxe à tona o assunto, através do Fórum de Ação Social e Cidadania (FASC) da CBIC, no painel:  ?O investimento em Responsabilidade Social como estratégia para alavancar a qualidade e produtividade fortalecendo as Relações de Trabalho na Indústria da Construção?.

O diretor executivo da Baggio Carvalho Engenharia, Milton de Souza, iniciou sua explanação elevando eficiência e responsabilidade social ao mesmo patamar e que no modelo das empresas já deve estar acoplado o conceito de responsabilidade social. Para isso, o primeiro ator a ser atingido deve ser o operário. ?É lá na ponta, no chão de fábrica que você tem que implantar a cultura de responsabilidade social, explicar para eles o conceito e capacitar, para que ele próprio não ocasione o mal para os próximos, para os outros.  E aí sim você tem um aumento de eficiência dentro da estrutura?, argumenta.

Com vasta experiência no assunto Souza diz ainda que um bom modelo a ser seguido é o do Japão que desenvolve processos baseados em conceitos, não o contrário, como é feito no Brasil. De acordo com o diretor da Baggio, é preciso trabalhar com o conceito e desenvolver os processos para isso.

O Instituto Cyrela, representado pelo presidente Aron Zylberman, abriu o leque de possibilidades dentro da área de discussão e apresentou as ações sociais que fazem parte da cultura da empresa. O instituto investe em responsabilidade social dentro da organização destinando 1% do lucro líquido para essa finalidade. Além disso, a Cyrela também apoia e patrocina projetos de outras empresas. ?É o conceito de valor compartilhado, ou seja, os investimentos sociais devem gerar valor para a sociedade e para a empresa simultaneamente?, reforça.

Para a vice-presidente de Responsabilidade Social do Sinduscon-PR, Jociana Niespodzinski,  muitas empresas fazem ações de responsabilidade social e isso passa despercebido. Outras, no entanto, ajudam a comunidade e deixam de lado o funcionário, a família do funcionário, não se preocupam com o clima organizacional. ?É preciso pensar na sociedade como um todo. Ações que incentivem o crescimento do funcionário com cursos de qualificação, é apenas um dos exemplos que além de criar uma cultura de responsabilidade na empresa, reflete no clima dentro da organização?, orienta. Jociana comenta ainda que muitas organizações investem muito mais em responsabilidade social, do que 1% do lucro líquido. ?O mais importante não é dar números e sim fazer responsabilidade social?.

Medição das empresas

A discussão sobre responsabilidade social fomentou ainda mais possibilidades dentro desta área. Uma delas, sugerida por Jociana, é a criação de uma ferramenta através do FASC, pela internet, onde as empresas possam emitir um relatório anual que demonstre seu grau de responsabilidade social.

?A ideia é que a empresa entenda em que pé ela está no quesito Responsabilidade Social. Ela responde três perguntas: o que a empresa faz nessa área, o que faz pelos funcionários e parentes dos funcionários e por último, quais ações realiza para a comunidade. Desta forma ela consegue ?mensurar? o que faz é importante e o que ainda precisa ser melhorado?, sugere a vice-presidente do Sinduscon-PR.

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