publicado em 12/07/2012
Para a CBIC, burocracia impede maiores investimentos em inovação
Durante o seminário ?Os Novos Paradigmas da Engenharia Brasileira?, o presidente da CBIC, Paulo Simão, disse que é necessário diminuir entraves burocráticos para que o setor de construção civil possa investir em inovação. ?Estamos na situação absurda onde as empresas dão mais importância aos seus departamentos comerciais e jurídicos do que ao seu departamento técnico?, disse Simão. Segundo ele, o problema é mais visível em obras públicas e entre pequenas e médias empresas. O resultado, ressaltou, são gargalos significativos no setor de infraestrutura, como rodovias e aeroportos. A solução para isso seria desde a revisão dos currículos das graduações em engenharia civil e arquitetura até uma reforma tributária. ?O próprio processo de licitação deveria mudar para estimular a inovação no lugar de inibir o investimento?, afirmou. Para ele, nos processos licitatórios o setor público deveria considerar mais a qualidade do projeto apresentado e menos os preços. ?Uma economia inicial mal feita pode representar um prejuízo enorme depois, e até mesmo uma redução na vida útil da obra?, explicou. Ele citou como exemplo um processo onde o preço da obra seria considerado ao longo de toda a vida útil, e não somente na construção. Simão afirmou que ?somente com tecnologia? o Brasil será capaz de produzir com velocidade e qualidade 5,5 milhões de residências, referindo-se ao déficit habitacional existente hoje no país. Fonte: Valor Econômico. Clique aqui para acessar a íntegra da matéria.