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Sem controle do gasto público, economia não reage

publicado em 28/01/2016

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Para construção civil, sem reformas estruturais o Brasil não sai da crise

Medidas pontuais de ajuste fiscal não bastam para recuperar a economia brasileira: o aprofundamento da crise exige, agora, um debate qualificado e efetivo sobre a qualidade do gasto público e a modernização do Estado. Empresários da construção civil defendem o enxugamento da máquina pública, a redução dos gastos e a desvinculação de receitas orçamentárias como mecanismos para recuperar a capacidade de investimento e reanimar a economia. Alinhada em reunião do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), essa é a posição que o setor levará à reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) nesta quinta-feira (28/01). O CDES é fórum para fazermos um debate estratégico e espero que o governo tenha clareza disso. A agenda nacional está posta e é preciso avançar, avisa José Carlos Martins, presidente da CBIC e representante da construção no CDES. O governo deve assumir um compromisso claro de que fará o que precisa ser feito e buscar os apoios necessários. Isso é urgente, frisou. Para ele, o cenário nacional exige mais velocidade nas ações do governo e maior sintonia com as necessidades da sociedade.

O setor espera que a reunião convocada pela presidente Dilma Rousseff discuta solução para problemas estruturais, como o impacto de despesas obrigatórias e dos gastos com o funcionalismo sobre a capacidade de investimento nas três esferas do Executivo. O Brasil vive uma crise de credibilidade e não tem prioridades bem definidas, diz Martins. Não tem dinheiro para investimento por que a máquina consome a maior parte das receitas. É preciso reverter esse quadro, acrescenta. No ano passado, 416 mil famílias perderam o emprego na construção civil, enquanto há segmentos que se aproveitam das benesses do Estado?. Para a construção, o cenário atual exige um debate profundo das reformas da Previdência, administrativa e trabalhista. Martins afirma que o aumento de impostos dissociado de reformas é inaceitável. O governo já usou o crédito como política de desenvolvimento e não deu certo. O crescimento virá pelo investimento e, para isso, é preciso rever o tamanho do Estado e suas prioridades, diz o presidente da CBIC.

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