publicado em 18/05/2018
Palestrantes e debatedores do Fórum de Empresas Prestadoras de Serviços aproveitaram o 90o Encontro da Indústria da Construção (ENIC), em Florianópolis (SC), para reforçar a importância do compromisso a com melhoria da relação entre os parceiros por meio do aperfeiçoamento de cláusulas que garantam o equilíbrio de contratos. O encontro dos participantes, durante a tarde da quinta-feira (17), serviu para o compartilhamento de experiências por meio do relato de quatro casos, que serviram para evidenciar o quanto um contrato equilibrado, justo, racional, bem acordado e com boa avaliação do impacto das cláusulas pode resultar em rapidez e redução de custos no planejamento e na execução dos projetos na construção civil.
"Maior que o resultado em números, o que mais vale é a qualificação do diálogo, do relacionamento entre contratantes e contratadas", avalia o presidente do Fórum e moderador, Ilso José de Oliveira, que é também o vice-presidente de Obras Industriais do Sinduscon-MG.
Na primeira das experiências compartilhadas, o diretor do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espirito Santo (Sindifer/ES), José Emílio Brandão, contou do empenho conjunto para empresas fornecedoras da Companhia Vale buscarem o equilíbrio na formalização dos acordos e a redução nos custos de implantação.
"Foi um trabalho para a identificação daquilo que era possível criticar e de contar com a sensibilidade e a disposição de ouvir a outra parte", explicou Brandão. Isso resultou ganhos de eficiência nas contratações de obras e serviços e rendeu economia no orçamento de 12,67%, ou R$ 810 milhões para a Companhia Vale.
Também do Espírito Santo veio o relato sobre a adoção do Passaporte Industrial, uma ideia que rende agilidade e racionalidade para a contratação de mão de obra num setor da economia que se caracteriza por relações entre mão de obra e empregadores que podem não ser contínuas.
Por meio da criação de um cadastro com trabalhadores capacitados e formalmente aptos ao trabalho, do ponto de vista da saúde e do cumprimento de exigências burocráticas, o Sinduscon/ES lida para resolver o problema da morosidade para mobilização de equipes. "Comparativamente ao processo convencional, o passaporte industrial implica redução de custos de R$ 360 para R$ 99 por individuo", disse o diretor de Infraestrutura do Sindusco/ES, Adriano Alves.
Na sequência da reunião dos participantes do Fórum de Empresas e Serviços do ENIC, os presentes conheceram a experiência da Samarco para solução dos problemas que a empresa enfrentou com o rompimento da Barragem Santarém, de Mariana.
Fonte: CBIC