publicado em 17/04/2018
Nesta segunda-feira (16), a Caixa Econômica Federal comunicou a redução nos juros do crédito imobiliário utilizando recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), voltando a ter, assim, as taxas mais competitivas do mercado. O percentual mínimo agora é de 9% ao ano, no caso de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e de 10% para os do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
A Caixa era a única entre as maiores instituições bancárias do Brasil a ter juros acima de 10% ao ano – 10,25%, especificamente. De acordo com levantamento da empresa MelhorTaxa, até então, o Bradesco tinha o menor percentual (9,3%), sendo seguido pelo Santander (9,49%), Banco do Brasil e Itaú (9,7%).
O presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Celso Petrucci, afirma que a decisão do banco estatal estimula o mercado imobiliário e contribui para que novas reduções sejam realizadas no ano. “A Caixa é a indutora desse mercado e sua decisão consolida que as taxas baixaram para ficar. Estamos retomando o nível que tínhamos entre 2010 e 2011, quando houve o boom imobiliário, e é possível que tenhamos uma nova rodada de diminuição dos juros”, disse. No entanto, para que isso ocorra, é necessário que fatores como queda da taxa Selic e alta no emprego contribuam.
Foi anunciado ainda pela Caixa que o limite de cota de financiamento do imóvel usado subiu de 50% para 70%; e que o financiamento de operações de interveniente quitado (propriedades com produção financiada por outras instituições) foi retomado com cota de até 70%. Serão R$ 82,1 bilhões disponibilizados pela Caixa, em 2018, para crédito habitacional.
No SFH, estão os imóveis residenciais de até R$ 800 mil, como regra geral para o país, ou R$ 950 mil para Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Acima desses valores, os imóveis se enquadram no SFI.
Fonte: CBIC